Aqueles que criticavam Romano Prodi de se ocupar demasiado com a política italiana aquando da sua estadia em Bruxelas não podem actualmente duvidar da sua ligação à Europa.
Os cem primeiros dias de governação do antigo presidente da Comissão Europeia demonstraram inequivocamente a vontade italiana de ressurgir no palco europeu e reconquistar um papel mais interventivo.
A primeira deslocação ao estrangeiro do primeiro ministro italiano conduziu-o a Bruxelas, para tranquilizar Durão Barroso e a sua equipa sobre a vontade da Itália regressar ao rigor orçamental exigido há vários meses pela Comissão, e que se deverá comprovar no orçamento de 2007.
Por outro lado,a 29 de Agosto partiu o primeiro contingente de soldados italianos para o Sul do Líbano numa operação que pretende devolver a Itália um papel de destaque na diplomacia internacional e, sobretudo, na zona do mediterrâneo.
Para Romano Prodi este episódio demonstra a união da Europa enquanto actor político, capaz de ter uma política externa comum.
Itália assume uma posição no Líbano em nome da Europa e trabalhando com a Europa.
Prodi consumou também uma ruptura com a política externa do seu antecessor Silvio Berlusconi que estava ligado por um pacto eleitoral aos eurocepticos da Liga do Norte.
Juntamente com o seu ministro dos negócios estrangeiros Massimo D'Alema, conseguiram recolocar Itália no centro da Europa, sem no entanto quebrar com a tradicional política atlantista do país.
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