Terminada mais uma importante etapa da presidência portuguesa da UE com a realização da Cimeira UE – África, é tempo de balanços.
A realização desta cimeira já é, por si só, uma vitória, uma vez que trouxe para a discussão a realidade de um continente muitas vezes esquecido. Esquecido na sua vertente social, porque a económica, essa, está sempre bem presente nas mentes de todos os dirigentes europeus…
Trouxe também muita polémica e controvérsia. Serão os ditadores africanos bem-vindos numa Europa defensora e protectora dos direitos humanos?
Eu acredito, talvez ingenuamente, que o diálogo é a única forma de resolver os problemas. Portanto, dizem as regras, que um diálogo tem de ser feito a dois.
Por muito que custe apertar a mão a um ditador, a única forma de o persuadir a mudar os seus comportamentos e políticas será sentar-se à mesa com ele e civilizadamente conversar.
Os resultados práticos desta cimeira é que já são, quanto a mim, bastante discutíveis. Embora tenha sido apregoado a alto e bom som que não houve temas tabu e que foi abordada a questão do (des)respeito dos direitos humanos, temo que os resultados sejam, mais uma vez, apenas visíveis a nível económico, com empresários a esfregar as mãos de contentes pelas oportunidades de negócio que se poderão concretizar.
África é, sem dúvida, um continente com imenso potencial, mas mais uma vez, gritemos ao mundo que não deixe que os euros falem mais alto que as pessoas e que os interesses pessoais não se sobreponham ao bem-estar do povo.
Portanto, cimeiras: ilusões ou verdade? Uma forma de apaziguar a consciência, de fazer negócios?
Chega de palavras, acções precisam-se…
2 comentários:
Cara Liliana:
Gostei do seu blog, é preciso ter muita coragem para escrever sobre a europa.
Obrigado pelo seu comentário no blog de Estudos Europeus.
Estaremos atentos a este seu cantinho na blogosfera e estamos totalmente abertos a parcerias.
Abraço Europeísta...
O meu muito obrigado pelos trabalhos brilhantes que realizas neste teu blog. Porém, parece-me a mim que os Eurpeus/as tenham muito curta memória, pois facilmente se esquecem a ONU foi criada por causa de grandes destruição e melhares de mortos e sem fim refugiados que a Europa e seus lideres foram protagonistas. Facilmente a Europa e os Europeus/as falam demasiadamente alto omo mestres mas esquecem-se que são eles os refugios desses ditadores africanos que destem porque cometem e violam grosseirmante os direitos de que hipocritamente a Europa e os Europeus se constituem portabandeiras. Qual desses ditadores afrcanos tem o seu patrimonio na África cara Liliana? Em que país africanos esses mesmos ditadores encontram assilo político? O maior sangrento ditador guineense Nino Vieira esteve muitos anos perto ali aí no Porto hospedado por Valentim Loureiro? Os seus negócios não são feitos com uma empressa da tua cidade de Porto "Soares da Costa"? Certamente me dirás que é por razão meramente humanitária, ainda que é assim: bons e maus merecem o respeito. O que nos relixa a vida na África é a vossa contridição, pois é dificil saber com quem come a Europa.
Nunca gostei e nunca gostarei da forma como Mugabae dirige a sua politica nem tão pouco com a forma como o Estado zimbabueno ex-apropriou as terras dos agricultores brancos, mas a senhora acha que era humano 20% da população daquele país possuir 80 a 90% das terras aráveis e 80% da outra francha populacional com 20%? Sou africano e negro mas mesmo sim sou mistiço, portanto não posso ser racista nem xenobista, mas tenhamos a coragem de olhar as coisas e chamá-las pelos nomes que têm. A questão zimbabueano é muito complexa saibamos abordá-las não com animas leves! Olha só, a Guiné-Bissau tem mais ou menos 600 mil eleitos e tem 30 e quantos partidos politicos e um sem números de candidatos independentes que aparecem em cada acto eleitoral, acha isto normal?
Um abraço amigo e bom trablho.
Feliz e que Deus abençõe a "empresa".
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