segunda-feira, outubro 15, 2007

Nobel da Paz para Al Gore e Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas

O Prémio Nobel da Paz foi dia 12 de Outubro atribuído ao ex-vice-presidente norte-americano Al Gore e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU pelo "esforço conjunto na criação e disseminação de um maior conhecimento acerca da influência humana nas mudanças climáticas, e pelo lançamento das bases necessárias para inverter essas mudanças", declarou o presidente do Comité Nobel norueguês, Ole Danbolt Mjoes.

Al Gore, de 59 anos, que fez das alterações climáticas a sua imagem de marca desde que saiu da Casa Branca, venceu este ano o Óscar de Melhor Documentário pelo seu filme ambientalista "Uma Verdade Inconveniente" e foi considerado pela revista "Time" uma das cem personalidades mais influentes do mundo.

O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa) é um grupo científico criado pelas Nações Unidas em 1988 que tem como objectivo monitorizar as alterações climáticas e analisar o conhecimento científico sobre o assunto. Em Fevereiro deste ano, o IPCC divulgou um relatório em que confirmou a extensão do aquecimento terrestre em curso e o grau de responsabilidade humana neste fenómeno.

Os Estados Unidos e a China são actualmente os dois países que mais CO2 lançam para a atmosfera e, apesar disso, os EUA ainda não ratificaram o Protocolo de Quioto.

Esta distinção de Al Gore e do IPCC, entre 181 candidatos, é um forte recado à comunidade internacional, a poucas semanas da conferência de Bali, entre 3 e 14 de Dezembro, que deverá traçar um roteiro para novos compromissos na redução das emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera até 2012, depois do fim da primeira fase do Protocolo e Quioto.

O Prémio Nobel - que consiste num diploma, numa medalha de ouro e num cheque no valor de dez milhões de coroas (1,08 milhões de euros) - será entregue em Oslo no próximo dia 10 de Dezembro, a data que marca o aniversário da morte do seu fundador, o filantropo sueco Alfred Nobel.

Fonte: Público.pt

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