quarta-feira, março 21, 2007

UE: Durão Barroso pede "orgulho" pelo passado e "confiança" no futuro

Durão Barroso considera que os europeus devem "ter orgulho" do seu passado e "confiança" no futuro, 50 anos depois da assinatura dos Tratados de Roma, efeméride que será comemorada no domingo, em Berlim, pelos líderes da União Europeia.
O presidente da Comissão Europeia, num depoimento à Lusa, defendeu que a Declaração de Berlim, que será aprovada na capital alemã pelos chefes de Estado e de Governo dos 27, deverá também "criar a percepção" para a necessidade de se resolver o actual impasse da revisão institucional.
Um "problema pendente" que está a minar o bom funcionamento das instituições comunitárias, que assistiram ao aumento do número de países-membros de seis, em 1957, para os actuais 27.
Barroso quer que a Europa "reforce" a sua posição actual de "gigante económico" e acredita que "pode fazer ainda mais" do ponto de vista político na cena internacional. Mas para que isso seja possível, afirma, é necessário encontrar uma solução para se "reforçar" as instituições europeias, tornando-as mais eficientes.
Uma alusão ao actual problema na aprovação do que muitos gostariam que fosse uma Constituição Europeia, um texto que foi rejeitado em 2004 pelos franceses e holandeses em referendo.
A Declaração de Berlim marcará os 50 anos da integração europeia, recordará os êxitos da União Europeia, especialmente o longo período de paz e estabilidade do continente europeu, e definirá os objectivos para os próximos 50 anos.
José Manuel Durão Barroso faz um balanço "muito positivo" do último meio século da história europeia, que começou com um continente dividido e que chega aos dias de hoje com 27 países "livremente associados", num projecto "notável de liberdade e solidariedade".
"Há problemas, mas penso que podemos olhar com orgulho para o que já fizemos e com confiança para o que falta fazer", resume o presidente do executivo comunitário.
Para Durão Barroso, a adesão de Portugal significou a saída do país de uma posição de "quase obscurantismo" e de "atraso económico, social e cultural" para uma de "grande dignidade" entre os países mais avançados do Mundo.
Portugal beneficiou muito da "solidariedade europeia" e hoje tem capacidade de influência naquele que é "o conjunto mais coerente e estruturado de democracias", a União Europeia, sustenta o presidente da Comissão Europeia no depoimento à Lusa.
O actual processo de integração europeia foi iniciado pou França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, em 1957, com a assinatura dos Tratados de Roma, que instituíram a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom).

PUBLICO.PT

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