"O que nos preocupa é a crescente actividade de extremistas de direita e desordeiros no espaço europeu, e, por isso, vamos avançar com uma nova iniciativa durante a presidência alemã [em curso] da União Europeia para criar parâmetros unificados de combate à extrema-direita", anunciou hoje a ministra da Justiça, Brigitte Zypries.
A Alemanha já tentou um acordo a nível da UE para reprimir movimentos neonazis, mas esbarrou então na oposição da Itália.
No entanto, o novo Governo italiano, agora chefiado pelo socialista e ex-presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, "já sinalizou uma mudança de atitude" nesta matéria, adiantou Zypries.
A ministra da Justiça alemã propôs também uma maior coordenação das autoridades policiais a nível internacional, lembrando que já existe uma tal coordenação entre Alemanha, Bélgica, Espanha e França.
"Nos próximos meses, vou empenhar-me para que esta cooperação também seja possível com os outros países da União Europeia", prometeu Zypries.Entre as medidas defendidas por Berlim conta-se a proibição, por directiva europeia, em toda a UE, da utilização e exibição de símbolos nazis, como a cruz suástica, à semelhança do que acontece na Alemanha.
Quando estava em funções, o anterior ministro do Interior alemão, Otto Schily, pronunciou-se contra uma tal proibição a nível europeu, por duvidar da sua eficácia.
No entanto, a ministra da Justiça discordou hoje do seu colega social-democrata, dando como exemplo o caso do chamado "vinho de Hitler", que é vendido em Itália com uma etiqueta com a cruz suástica e a foto do ditador.
PUBLICO.PT
Sem comentários:
Enviar um comentário