O Parlamento Europeu incitou hoje os países da UE a "pensarem seriamente" sobre as suas futuras relações com a Rússia, à luz do recente assassinato da jornalista de investigação Anna Politkovskaya, em Moscovo.
O Parlamento pediu também uma posição de princípio quando a UE discutir um novo programa de parceria com a Rússia, numa cimeira a realizar no próximo mês.
Numa resolução com palavras muito fortes, o Parlamento pediu aos Estados membros que "pensem seriamente nas relações com a Rússia, tendo em vista colocar a democracia, os direitos humanos e a liberdade de expressão no centro de qualquer futuro acordo".
A resolução não tem carácter obrigatório, mas é uma forma de pressão política do único órgão eleito da UE.
Os parlamentares expressaram preocupações sobre aquilo a que chamaram a crescente intimidação, assédio e assassinato de jornalistas e outras pessoas críticas do Governo russo. Disseram também que esta tendência pode fazer piorar a reputação da Rússia no estrangeiro.
Estas posições foram expressas numa resoulção adoptada hoje de homenagem a Anna Politkovskaya.
No mesmo documento, os membros do Parlamento Europeu sublinham que "o assassinato de opositores políticos se tornou num fenómeno preocupante na cena política russa".
O assassinato de Anna Politkovskaia segue-se ao de Andrei Kozlov, vice-presidente do Banco Central da Rússia, que estava a tentar reformar o sistema bancário do país.
É também expressa preocupação devido à nova legislação sobre organizações da sociedade civil que implicou o fim das actividades de 90 organizações não governamentais no país.
PUBLICO.PT
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