Ser Europeu é o novo espaço da blogoesfera onde pretendo desenvolver temas relacionados com a União Europeia e com o nosso pequeno grande Portugal. Pequeno em tamanho e poder mas, esperemos, grande em ambição.
Porque numa sociedade globalizada somos fruto de múltiplas pertenças, não podemos ficar alheios às mudanças que ocorrem numa União Europeia que comporta cerca de 454 milhões de cidadãos.
Esta realidade é demasiado importante para ser deixada para um segundo plano devendo, pelo contrário, merecer da nossa parte uma atenção redobrada pelas implicações que comporta para os seus Estados Membros e parceiros comerciais.
Embora o projecto europeu se encontre actualmente perante alguns obstáculos e num momento de reflexão é inegável que o seu peso a nível mundial tem vindo gradualmente a aumentar, sendo hoje a primeira potência a nível económico.
A Europa alargada é um constante desafio que trouxe um conjunto de disparidades e assimetrias económicas e sociais que levarão muito tempo a ser assimiladas e que exigem um enorme esforço a nível orçamental com desvantagens para alguns países como Portugal , há muito dependentes dos subsídios de Bruxelas.
Por outro lado a introdução do euro na economia de alguns países tem tornado visíveis as debilidades financeiras dos Estados e, pior ainda, debilidade na capacidade de as resolver.
Outro desafio cada vez mais premente é o que se prende com a revolução tecnológica. Cada vez mais se exige uma tecnologia avançada nos diversos sectores de actividade, que seja capaz de competir e agradar aos consumidores. Com o gigante chinês cada vez mais acordado e interventivo na cena internacional torna-se urgente tomar medidas e repensar o modelo económico europeu e as suas pretensões proteccionistas.
Nesta fase também Portugal deve reflectir sobre o seu posicionamento na União e no mundo. Estará o país disposto e preparado para competir com os seus parceiros europeus? Terá condições para isso? Mais importante ainda, haverá a vontade política de criar essas condições, rompendo com um passado de subsidiodependência com poucos resultados?
Ou por outro lado, será agora que Portugal vai reconhecer o seu passado histórico e acordar para um mundo lusófono com inúmeras possibilidades de expansão?
A história é testemunha de que Portugal teve oportunidade para ser um dos países mais ricos do mundo e sempre a desperdiçou. Esperemos que esta nova geração seja capaz de “cumprir Portugal” como o nosso poeta há muito almejava!
2 comentários:
Parabéns. É um espaço que faz falta. Vai em frente.
Rodrigues Silva
Se a linha for igual ao do Notícias Lusófonas terei de vir cá poucas vezes ou sujeito-me a converter em europeísta.
Parabéns pela lacuna suprida.
Continue.
Eugénio Almeida
Enviar um comentário