A recente visita de Barack Obama à Europa despertou uma euforia e uma mobilização raramente vistas no velho continente e mais raramente ainda dirigidas a um político.
O mediatismo e carisma que envolvem o novo presidente dos EUA não conhecem fronteiras.
Percursos de aplausos e histeria ao estilo estrela pop.
Mas se olhamos um pouco mais a fundo, talvez estas demonstrações de apoio sejam um sinal de que a Europa sente falta de um líder.
Um. Não um conjunto de governantes, ideias ou projectos, mas sim as ideias e projectos reunidos numa única pessoa.
De facto, na UE ninguém tem este papel.
É verdade que não cabe a nenhum chefe de estado assumir esta função, mas também não temos a nível de instituições europeias ninguém perto de o fazer.
Pela lógica, este papel deveria caber ao presidente da Comissão Europeia, mas Durão Barroso está longe de exercer fascínio e confiança.
Não digo que não desempenhe a função com competência mas neste momento está como que escondido num lugar cinzento, rodeado de burocracias. E neste lugar cinzento grande parte dos cidadãos europeus não o vê, não o conhece, não reconhece o seu valor.
O projecto europeu beneficiaria, e muito, se tivesse a encabeça-lo um líder carismático capaz de mostrar o caminho.
Mas por agora, na Europa – líder precisa-se.
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