As expectativas criadas em torno deste novo actor dos palcos mundiais deixa antever grandes desilusões.
Não por Obama não ser capaz de fazer um bom trabalho, mas sim porque a aura messiânica que se criou à sua volta é tudo menos realista. Concentramos numa única pessoa a missão de salvar o mundo e, por muito poder que o presidente dos EUA tenha, não lhe cabe este papel.
De Obama espera-se que resolva os conflitos bélicos, a crise financeira, a crise energética, a crise de desemprego e de credibilidade dos EUA.
Se for bem sucedido é certo que todo o mundo beneficia, mas ainda assim não devemos eleger um salvador para uma tarefa que cabe a todos.
Todos os países, todos os governos, todos os cidadãos.
Pessoalmente acredito que com Obama se poderá iniciar uma nova fase na política internacional. Em que a postura dos governantes inspire mais confiança e demonstre mais competência (o que depois de Bush não será difícil!).
Um pouco de confiança para combater o descrédito da classe política cujos representantes balançam num equilíbrio desequilibrado entre os interesses pessoais e públicos. Que Obama traga uma lufada de ar fresco na cena internacional e que esta se alastre ao nosso pequeno rectângulo.
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