sábado, janeiro 17, 2009

O ano de Obama

As expectativas criadas em torno deste novo actor dos palcos mundiais deixa antever grandes desilusões.
Não por Obama não ser capaz de fazer um bom trabalho, mas sim porque a aura messiânica que se criou à sua volta é tudo menos realista. Concentramos numa única pessoa a missão de salvar o mundo e, por muito poder que o presidente dos EUA tenha, não lhe cabe este papel.
De Obama espera-se que resolva os conflitos bélicos, a crise financeira, a crise energética, a crise de desemprego e de credibilidade dos EUA.
Se for bem sucedido é certo que todo o mundo beneficia, mas ainda assim não devemos eleger um salvador para uma tarefa que cabe a todos.
Todos os países, todos os governos, todos os cidadãos.
Pessoalmente acredito que com Obama se poderá iniciar uma nova fase na política internacional. Em que a postura dos governantes inspire mais confiança e demonstre mais competência (o que depois de Bush não será difícil!).
Um pouco de confiança para combater o descrédito da classe política cujos representantes balançam num equilíbrio desequilibrado entre os interesses pessoais e públicos. Que Obama traga uma lufada de ar fresco na cena internacional e que esta se alastre ao nosso pequeno rectângulo.

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