Ao longo das últimas três semanas tenho tido a oportunidade de assistir a um conjunto de colóquios na Fundação de Serralves, subordinados ao tema Portugal: sim ou não?
Estas sessões, que têm contando sempre com casa cheia, seja pela qualidade das mesmas ou pela profunda escassez deste tipo de eventos no Porto, têm oferecido ao público importantes reflexões de pensadores e actores da nossa vida nacional.
E curiosamente, ou talvez não, a tónica geral passa sempre pela importância do papel activo e consciente da sociedade civil. De políticos a economistas, a opinião é geral, Portugal sofre de uma grave crise de identidade e de confiança. Em si próprio, nas instituições e no Estado.
Elencados os problemas, coisa que todos sabemos fazer e fazemos constantemente, urge encontrar soluções.
E por mais cliché que possa parecer, todas as soluções apontam para o mesmo caminho: cada um de nós. O nosso papel na sociedade, o nosso empenhamento e comprometimento com os nossos papéis sociais, pessoais e profissionais.
Não acredito que soframos de um “défice de paixão”, nem sequer de um défice de profissionalismo, acredito, isso sim, que somos por vezes derrotados pela inércia que nos rodeia e que, contagiosa como a peste, nos conduz para um mundo em que nos contentamos e conformamos com o mediano.
Mas basta! É hora!! É hora de dar o salto. O famoso e ansiado salto da economia, do país, para a modernidade, para o futuro. O salto do sofá, do facilitismo e da complacência. Somos tão bons ou melhores do que quaisquer outros.
Nós, portugueses, que pomos a bandeira na janela por causa do futebol, saibamos também erguê-la noutras alturas.
Orgulhemo-nos do nosso passado histórico, não nos desculpemos mais com a ditadura que já lá vai. É hora de arregaçar as mangas e parar com as desculpas e lamentações.
Eu quero, eu posso e eu vou dar o salto. Saltemos todos!!
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