O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, clarificou hoje as linhas daquele que pensa ser o caminho a seguir a fim de se resolver "o impasse constitucional" criado pelo fracasso dos referendos ao novo tratado da União Europeia em França e na Holanda.
Na AR, onde participa numa sessão de perguntas e respostas com os deputados portugueses, Durão Barroso enumerou "cinco pontos essenciais" a serem tidos em conta para que do Conselho Europeu de Junho saia "um roteiro preciso, ambicioso e realista".
O primeiro ponto consiste em assegurar que haverá "um novo tratado na Primavera de 2009, antes das próximas eleições europeias", afirmou.
Em segundo lugar o presidente da Comissão Europeia insistiu que o tratado constitucional já redigido "deve ser o ponto de partida". Isto porque foi "assinado por todos e ratificado por 18 Estados-membros".
Em terceiro lugar, Durão Barroso considera que a Conferência Inter-Governamental "deve ser lançada o mais rapidamente possível", para que os estados tracem "um entendimento comum". Por seu lado, prometeu "acelerar o parecer formal da Comissão Europeia", necessário para a realização da Conferência Inter-Governamental.
Em quarto lugar, Durão Barroso considera essencial "especificar os domínios que exigem novas disposições" na política europeia, referindo, nomeadamente, a energia.
O presidente da Comissão Europeia terminou apelando aos Estados-membros que se concentrem em traçar "um calendário claro e ambicioso para as negociações", realçando que "tudo indica que caberá à presidência portuguesa da UE" dar o impulso necessário à conclusão do Tratado Europeu.
PUBLICO.PT
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