José Socrates e uma comitiva de ministros, secretários de estado e empresários estão agora de visita à China para aprofundar relações diplomáticas e económicas, ou seja, para mostrar consideração e respeito pelo gigante que agora acorda. Respeito que será talvez medo, gigante que será talvez monstro.
Na China, séculos de tempo de desenvolvimento condensaram-se numa vitalidade impressionante em que se conjugam uma mão-de-obra abundante com salários do tempo da revolução industrial e fábricas equipadas com máquinas de última geração.
Mercado apetecível é também um concorrente cruel para o qual a construção económica supera qualquer tentativa de jogos politicos. Jogos que permitem, por exemplo, que a União Europeia tenha em vigor um subsídio ao abrigo do qual as vacas recebem mais de 2 dólares por dia - mais do que o rendimento diário médio de 700 milhões de chineses.
Por tudo isto a China representa hoje um dos maiores desafios para o modelo social-democrata europeu que terá de encontrar novos processos que permitam a manutenção das suas indústrias, postos de trabalho e nível de vida.
Nenhum modelo até agora usado se encaixa nesta nova disposição politico-económica.
O centro de atracção económica deslocou-se e a velha Europa e os Estados Unidos são confrontados com grandes dilemas.
Haverá compatibilidade entre o Ocidente e o Império do Meio?
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