terça-feira, dezembro 05, 2006

Pescas em destaque no novo Programa-Quadro de Investigação da UE

O Parlamento Europeu votou esta semana inclusão das pescas no VII Programa-quadro. Trata-se de uma iniciativa vital para Portugal.
Lutar contra a fuga de cérebros pode ser outro dos resultados do novo Programa, que entra em vigor em Janeiro de 2007.

O Parlamento Europeu discutiu a estratégia de investigação e desenvolvimento tecnológico da UE para os próximos anos. Na sessão plenária (dias 29 e 30), os eurodeputados votaram o VII Programa-Quadro, para vigorar de 2007 a 2013.
Em cima da mesa estiveram dez relatórios, que definem prioridades em termos da investigação e desenvolvimento tecnológico na Europa.
Por iniciativa do deputado Duarte Freitas, do PPE, o programa irá conter um capítulo em que se inclui a investigação ao nível das pescas, o que o deputado português considera fundamental para Portugal. “Na proposta inicial, as pescas e os oceanos não eram especificados. Com esta emenda passam a ser", explica Duarte Freitas. A intenção inicial do deputado era a inclusão de um capítulo especifico - chegou a ser aprovado por unanimidade na Comissão - mas a redacção final apenas o incluiu no capítulo referente à Alimentação, Biotecnologia e Agricultura.
Seja como for, “é um avanço importante, em especial para Portugal, tendo em conta o peso destes recursos no País. É crucial desenvolver a investigação na área das Pescas e do Mar, quando diminuem os recursos disponíveis. É importante para nós, mas este é um sinal político claro do Parlamento sobre a necessidade de a UE investir mais no sector".
Esta é a primeira vez que o sector das Pescas fica expresso no programa-quadro, o que “aumenta a visibilidade e chama a atenção para o sector, que se espera seja ainda mais valorizado no futuro".
Esta atenção, que para já não se traduz num aumento de verbas, pode trazer benefícios aos centros de investigação que se dedicam a estas áreas, como no caso das universidades dos Açores, do Algarve e das Faculdades de Ciências do Porto e Lisboa.

Nota informativa do Gabinete do Parlamento Europeu

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