O papa Bento XVI chegou terça, dia 28, a Ancara onde deu início a uma visita de quatro dias à Turquia.
Segundo o programa estabelecido deveria ter sido recebido no aeroporto pelo Ministro de Estado turco mas foi o próprio Primeiro-Ministro, Recep Tayyip Erdogan quem o recebeu. Um gesto diplomático importante uma vez que Erdogan era acusado de tentar evitar o sumo pontífice depois da polémina provocada pelas declarações do papa sobre do Islão.
Acerca das divergências entre os dois, o Primeiro-Ministro turco afirmou ter recebido o apoio de Bento XVI para a entrada da Turquia na União Europeia.
Apoio esse que contraria as afirmações do papa, quando era ainda cardeal, considerando a admissão da Turquia na UE "um grande erro".
Essa opinião é hoje vista como pessoal, não reflectindo a posição oficial do Vaticano.
A população turca, 99% muçulmana, mantem-se maioritariamente indeferente à visita papal, embora se ressinta ainda das declarações do papa em Ratisbonne quando este associou o Islão à violência.
Ancara tenta a todo o custo dar uma boa imagem do país numa altura em que as negociações de adesão com a UE atravessam sérias dificuldades.
Quanto a Bento XVI, depois dos grandes avanços do papa João Paulo II em relação à tolerância religiosa, cabe-lhe assumir a sua função não apenas de líder religioso como também de diplomata.
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