A União Europeia é sem dúvida o melhor exemplo de sucesso de um projecto de integração e e cooperação entre países. Todos os objectivos traçados aquando da sua formação foram atingidos. A paz, estabilidade e prosperidade na Europa são hoje em dia certezas e a integração económica uma realidade inegávelmente bem sucedida.
Mas agora que rumo deverá tomar esta Europa? Deverá caminhar para uma união política ou deverá manter e reforçar apenas os contornos de uma união económica?
As tradições, culturas, mentalidades dos diferentes países serão compatíveis com uma política única a nível externo, de educação e nos mais diferentes domínios que hoje em dia cada país vê como garante da sua soberania?
Tem sido uma tarefa cada vez mais exigente definir quais os domínios de caractér europeu ou estritamente nacionais. Os esforços da União para alargar estes domínios esbarram constantemente em egoísmos nacionais.
A possibilidade do "opting out" em relação a certas matérias, como o euro, têm transformado esta Europa num conjunto de uniões ou de Europas que avançam a diferentes ritmos quebrando qualquer possibilidade de unidade e harmonia.
Tememos por vezes seguir a velocidade europeia sem perceber que o elevar dos padrões e exigências apenas nos fazem correr atrás dos melhores, para um dia estarmos lado a lado.
E nós portugueses se mantivermos a nossa mentalidade de parente pobre da Europa deixaremos escapar muitas oportunidades de crescimento. Se somos pobres talvez seja porque queremos. As ferramentas são-nos dadas, temos é de saber o que fazer com elas.
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